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Balneário Camboriú é reconhecida com selo do projeto Lixo Fora D’Água

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Balneário Camboriú é a primeira cidade do Brasil a receber o “Selo Município Lixo Fora D’Água”, reconhecimento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), como representante nacional da International Solid Waste Association (ISWA), devido às ações do município em prevenção e combate ao lixo marinho.

O projeto Lixo Fora D’Água busca combater as fontes de poluição marinha por resíduos sólidos. O trabalho vem sendo realizado desde 2018 pela ABRELPE, em parceria com outras organizações internacionais como a ISWA e a Agência de Proteção Ambiental da Suécia. O município de Balneário Camboriú passou a integrar a iniciativa um ano depois, em 2019, e já possui resultados significativos na gestão dos resíduos sólidos urbanos, como o aprimoramento da coleta seletiva de recicláveis e a comunicação com a sociedade. Fabrício Oliveira, prefeito da cidade, pontua: 

“Após a implementação do Programa ReciclaBC em 2018 a coleta seletiva em Balneário Camboriú cresceu mais de 73%. Paralelo a isso, em 2019 a ABRELPE nos convidou para integrar o seleto grupo de seis cidades brasileiras escolhidas para participar do Programa de Prevenção e Combate às Fontes de Poluição Marinha Causada por Resíduos Sólidos – Projeto Lixo Fora d’Água.

Desde então, Balneário Camboriú vem desenvolvendo uma série de ações que ampliaram a limpeza das nossas praias e rios, além de mapear os escapes de resíduos para o mar. Ampliamos também a rede de esgoto para mais de 98% da cidade e estamos rumo à universalização do saneamento com obras em andamento no Estaleiro e Estaleirinho. Fiscalizamos e lacramos ligações clandestinas e tornamos mais dura a legislação para quem não se liga na rede. Recuperamos e revitalizamos rios e cursos d’água por toda cidade. O resultado foi balneabilidade positiva em toda a Praia Central de Balneário Camboriú”.

Projeto Lixo Fora D’Água

De acordo com relatórios realizados pelo projeto, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são: (1) ocupações irregulares sem infraestrutura urbana, como as comunidades nas áreas de palafitas; (2) canais de drenagem que atravessam a malha urbana; (3) a própria orla da praia em sua faixa de areia.

Das amostras retiradas de Norte a Sul do país, os materiais plásticos aparecem em primeiro lugar, sendo cerca 80% dos itens encontrados, como plástico filme, pequenos tubos plásticos, hastes flexíveis e isopor, que contém plástico em sua composição. Outro material de grande concentração nas fontes de vazamento é a bituca de cigarro. Em sequência aparecem borracha, metal, madeiras, embalagens e outros.

Indicadores internacionais mostram que 80% do lixo marinho tem origem no ambiente terrestre e, no Brasil, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos, quantidade suficiente para cobrir 7 mil campos de futebol. Ressalta-se, porém, que esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de 3 milhões de toneladas de lixo marinho a cada ano

A próxima fase do projeto Lixo Fora D’Água será elaborar um roteiro para combate ao lixo no mar, com foco na melhoria dos sistemas de limpeza urbana, na valorização e recuperação dos materiais (principalmente plásticos) e na disponibilização das infraestruturas necessárias para impedir que tais materiais continuem chegando nos mares. Além disso, a metodologia desenvolvida será replicada em outras localidades e regiões do mundo, começando por um projeto internacional na região do Caribe.

 

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